segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Vou-me divorciar
Enfim, voltando à questão, não me vou divorciar mas devia. Estive a analisar a questão e, se me divorciar, posso deduzir com despesas de educação dos nossos dependentes (aqui não me descaí, não dei grandes pistas) o mesmo ao IRS, o que somado ao que a minha actual mulher, noutro caso companheira, deduziria, duplicaria o valor, 700 e tal euros, que já dava uns diazitos num bom hotel, com almoços e jantares.
Ainda diz o estado (ou melhor, os políticos, que o estado diz o contrário) que quer apoiar a Natalidade, e blá,blá, blá. Se um casal tiver um dependente e não forem casados, apresentando as declarações em separado descontam mais do que um casal casado (redundância, mas enfim, é Natal) com 3 dependentes, mesmo com umas migalhas extra que dão a partir do terceiro.
Nem sei porque há gente que não pode e ainda quer... casar-se, entenda-se.
Mas há coisas mais urgentes...
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Ana Galvão, falar (in)correctamente Inglês
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Oito Pais Natais
A minha vizinha do sétimo andar tem 8 (oito) OITO! Pais Natais pendurados na varanda, paredes e janelas do apartamento dela!
Mas mas mas, esta moda não tinha já passado? ninguém avisou a senhora?
No ano passado, para além de alguns Pais Natais pendurados (deviam ser menos do que este ano senão lembrava-me) encheu a sua varanda daquelas mangueiras transparentes com luzes lá dentro. Aquilo de noite era um arraial…
Não consigo vislumbrar qual é o motivo que leva uma respeitável senhora a pendurar oito Pais Natal à janela, mas assim de repente parece-me que tem muito tempo livre nas mãos…e o contador de Pais Natais avariado…
Se a senhora mete aquilo do lado de fora da sua casa é para as pessoas verem. O que será que ela imagina que as pessoas irão pensar?
-Aqui gostamos muito do Pai Natal, ou –Aqui o Pai Natal vem muitas vezes?, ou ainda – O Pai Natal assaltou-me a casa oito vezes…
Este último pensamento leva-me a outra questão relacionada que é a maneira como o Pai Natal está: pendurado do lado de fora de uma janela ou de uma varanda. Em todas, mas mesmo todas as histórias do Pai Natal ele vem num trenó puxado por renas e entra pela chaminé. Como é que ele agora está pendurado? como se fosse a fugir… ou a entrar à maneira dos ladrões?
Experimentem explicar isto a uma criança de cinco anos…
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Eco Tretas
Vendo o caminho que levava a conversa, perguntei: então e a luz que isso gasta? não custa? quantos Kw isso gasta num carregamento? Ah, que gasta pouca luz, uns 4 ou 5 Kw/h e que carrega totalmente em duas horas.
Fiz as contas, gastando 10Kw num carregamento, a EDP cobra cerca de 12 cêntimos por Kw/h, o que dá mais ou menos 1,2€.
Então e quantos quilómetros fazes com um carregamento, perguntei a seguir: Eu moro em Almada, venho para Lisboa todos os dias, e à hora de almoço vou ali à “estação de serviço” da EDP onde a electricidade é por enquanto gratuita...
Então carregas as baterias em casa e tens que carregar outra vez à hora de almoço? sim, se não for assim não consigo voltar a casa…
Soma então 2,4€ por dia em electricidade e a necessidade de 4 horas diárias “agarrado à parede”, o que ao fim do mês dará cerca de 50€ de despesa e 80 horas de abastecimento. Como se vê não é grátis, não é rápido e nem sequer muito barato…
Ah – acrescentou ele – mas há fichas eléctricas por todo o lado - qualquer centro comercial tem fichas eléctricas nas garagens por causa das máquinas de limpeza – portanto é só parar ali e ligar!
Olha este – pensei eu – então assim é fácil, andas por aí a gamar electricidade e portanto este transporte fica-te barato e é só vantagens!
Resumindo, o individuo tem uma mota eléctrica, e como gasta muito pouca luz paga por ele, aquilo é o máximo, e é uma pena não haver muito mais gente como ele, o que transformaria o panorama, o ruído e o cheiro das nossas cidades. Lindo. Adoro estas pérolas.
Esta pessoa dormirá em paz com a sua consciência verde, feliz por não poluir. Ainda bem para ele.
Há no entanto um detalhe (se calhar pouco importante) que este cartoon mostra muito bem – e por aqui me calo, que esta imagem vale bem mais do que mil palavras.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
what-the-fuck & what-the-fuck-is-this
Paralelo a isto há o lado mais ou menos oposto que é falarmos bem com os nossos colegas no trabalho, bem mesmo, dizermos piadas, fumarmos juntos, cumprimentamo-nos efusivamente (mas com limites claro) todos os dias e depois encontramos essas pessoas fora do local do trabalho e parece que têm medo de nos falar, sobretudo quando são do sexo oposto ao nosso e ainda para mais se algum vai acompanhado, parece que temos que esconder algo, ou que somos amantes e que temos que evitar que alguém repare (já agora, só para que se saiba, não tenho nenhum amante no trabalho), mas esta situação é em tudo semelhante à anterior só que pior, enervante e até certo ponto triste, diz-me que as pessoas que conheço não são as pessoas que conheço são pessoas que vivem com várias personalidades dentro de si... e isso.... deve ser triste, digo eu... como esta situação apesar de semelhante não é a mesma da anterior podemos chamar a esta o efeito what-the-fuck-is-this.
E pronto, pensem nisto, sejam honestos convosco e com as pessoas que vos rodeiam garanto-vos que só têm a ganhar, não há nada melhor que dizer uma "ordinarice" no trabalho e depois com o nosso companheiro ao lado dizer outra "ordinarice" (se a coisa se proporcionar nesse sentido) quando nos cruzamos com alguém conhecido com quem até nos relaccionamos benzito no dia a dia e seguir o nosso rumo, felizes e contentes, sem passar pelo stress de "xi man, agora como é que lhe falo!?" que é por demais infantil.
fyi, esta segunda situação não é nenhum post recado a nenhum dos meus colegas directos, são situações que já vivi várias vezes e parvas, antes prefiro o cumprimentar que quase "racha" bochechas :-)
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Cimeiras da Treta

Todos os anos, os chefes de estado dos maiores países do mundo ( e às vezes também o José Sócrates e o Durão Barroso ) organizam mega reuniões para debater as grandes questões que preocupam a humanidade. Neste últimos dias estão a acontecer duas, Cimeira de Copenhaga sobre o clima e a Cimeira da FAO sobre a fome.
Apesar da pertinência e preocupação que os temas merecem, os resultados destes mediáticos encontros são sempre os mesmos.
Primeiro fazem-se os diagnósticos e aí todos estão de acordo. Os cenários são catastróficos e preocupantes e por isso exigem medidas urgentes.
Depois quando vamos a ver que decisões se tomaram para resolver os problemas, ouvimos falar em compromissos para pensarem em se comprometerem a tomar decisões no próximo encontro (provavelmente daqui a 4 anos). Ou seja não vão fazer nada e fica tudo na mesma.
Parece que estes temas não são suficientemente importantes para que os líderes mundiais deixem de lados os interesses financeiros e pensem primeiro no planeta e nas pessoas.
Enquanto isso delegam nos cidadãos comuns o esforço e a tarefa de resolver estas questões.
Deixo aqui alguns exemplos de ideias e organizações de ajuda humanitária que muitas vezes fazem o que os governos podiam e deviam fazer.
Charity Water
Free Poverty
Kiva
Stand Againt Poverty
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Berlim
Alguma música para comemorar o acontecimento. Berlim, além das bolas com creme, fazem-me lembrar dois grupos: Einsturzende Neubauten e U2. Os primeiros porque cantam em alemão e de quem gostei particularmente há alguns anos, quando ouvia alguma música mais negra.
Já os segundos, tẽm uma ligação especial a Berlim, onde iniciaram a gravação do seu albúm "Achtung Baby" no ano seguinte à queda do muro. Para mim o melhor dos albúns de U2 da era moderna (pós "The Unforgetable Fire").
Para terminar em grande, o filme de Wim Wenders, "As Asas do Desejo" e a música de Nick Cave.
domingo, 15 de novembro de 2009
Bom Inverno
Na onda do ecletismo poliglota do tecla 3, aqui vai uma do Bon Iver, "Bom Inverno" ;-), para "alegrar" este dia cinzento. Uma óptima música para ouvir no Inverno, se é que existe isto de músicas boas e más. Eu gosto particularmente desta. Aquece o coração.
O país que merecemos
A edição deste Domingo da "Pública" traz um artigo sobre o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais. Curiosamente tinha tido ontem à noite, antes do jogo de Portugal, uma conversa exactamente sobre este tópico, interrogando-me onde irá parar este país. Voltarei a este assunto noutros posts, mas vou-me centrar neste artigo.
A presunção de inocência é um direito de qualquer cidadão, mas neste caso existe uma pena de 7 anos de prisão efectiva, da qual Isaltino recorreu. Alguns factos (segundo o artigo):
- Oeiras é o concelho do país com mais licenciados e doutorados.
- É o terceiro concelho português em qualidade de vida, segundo um estudo da Universidade da Beira Interior.
- Isaltino Morais reconheceu em tribunal utilizar dinheiro que sobrou da campanha eleitoral em seu benefício. 400 mil euros depositados na Suíça, dos quais usou algum para comprar alguns bens pessoais.
- Existem outras acusações que ditaram a pena, estas não reconhecidas pelo autarca e que creio ser alvo de recurso.
Não tenho a menor dúvida que tem muita obra feita em Oeiras. Isaltino conseguiu desenvolver o concelho, mantendo a qualidade de vida, atraindo muitas empresas de referência para o TagusPark, Quinta da Fonte e Lagoas Park, requalificou a zona ribeirinha, etc.
Mas, triste país este em que se colocam de parte todos os valores morais.
Ser eficiente e competente como autarca é o dever de qualquer um que seja eleito. Ou seja, ter feito bem o seu trabalho não lhe dá o direito de cometer ilegalidades.
Não consigo perceber como, mesmo assim, 32 407 pessoas o reelegeram como presidente da câmara.
Provavelmente, temos o país que merecemos.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Zwei sekunden
Há coisas que me irritam e que me deixam nervoso e desgostoso por não viver num sitio melhor. É o carro mal estacionado e de qualquer maneira, é o pisca que que não se faz, é o "eixo da via" que é um conceito estranho, é a foçanguisse de se meter à frente, sendo que o espaço à frente não é espaço livre mas sim a minha distância de segurança, caneco pá, é um monte de pequenas coisas que tornam a minha existência rodoviária pior.
Estava eu parado no semáforo a gastar o meu tempo com estes maus feitios, quando começa a atravessar a passadeira um gajo deficiente. Pensei cá com os meus botões: "tu és um palerma que pensa que tem problemas com o trânsito". O gajo ia a sorrir. E eu bem sentado, com todos os braços e pernas e cabeça no lugar, fiquei lixado.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Promessa cumprida, pecando apenas por alguma antecipação.
Reinvindicação
Porque não hão-de, os casais que o entenderem, poder optar por esse regime. Deviam ter a liberdade para o fazer. Ou melhor, eles já o podem fazer, só que legalmente não lhes são reconhecidos direitos como se fossem casados.
Além de responder às pretensões de outras religiões presentes neste nosso estado pretensamente laico, ainda respondia aos anseios sexuais de muita gente (pelo menos na expectativa da quantidade), o que somado, representaria uma minoria maior que a minoria homossexual (ou não, podem andar muitos escondidos).
Enfim, fica a questão.
Nota: parece que a palavra casal já significa um par e, até ver, de homem e mulher, pelo que em poligamia teríamos que rever a definição; passaria a ser como as apostas múltiplas do euromilhões, é uma aposta com várias combinações possíveis.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Palavras difíceis!
for⋅ev⋅er /fɔrˈɛvər, fər-/
Show Spelled Pronunciation [fawr-ev-er, fer-]
– adverb
1. without ever ending; eternally: to last forever.
2. continually; incessantly; always: He's forever complaining.
– noun
3. an endless or seemingly endless period of time: It took them forever to make up their minds.
- Idiom
4. forever and a day, eternally; always: They pledged to love each other forever and a day.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Obrigado António Sérgio
Entrevista à radar:
O Miguel Esteves Cardoso fez uma crónica no Jornal Público de 03.Nov.2009 que, peço desculpa a ambos, mas não resisto a transcrever:
"O som da frente
Com que então, morreu António Sérgio. Ora muito obrigado. Obrigado, Deus, por teres decidido. E obrigado, António, por te teres deixado levar. Veio mesmo a calhar a tua morte. O teu trabalho aqui na terra estava mais do que acabado e, graças a Deus, há centenas de novos Antónios Sérgios para te substituir. Que grande pontaria.
O que andam vocês todos a tramar na afterlife? A afterlife é a mais cool de todas as after hours. Não é música toda a noite e todo o dia: é música toda a cabrona da eternidade. Já lá estava uma redacção de sonho: o Rolo Duarte, o Fernando Assis Pacheco,o Cáceres Monteiro, o Manuel Beça Múrias, o Afonso Praça, a Edite Soeiro, o Eduardo Guerra Carneiro. Com uns colaboradores que já não existem e cujos nomes são tantos e tão grandes que não nomeio sequer um, com medo de vos deprimir com a comparação com a lista dos que ficámos vivos.
Que jornal; que revista; que estação de rádio estão vocês a fazer aí no pós-vida? Não lá em cima, no céu, mas aqui ao lado, paralelamente, no after, no depois, no enquanto estamos a dormir e a viver.
A morte de tanta gente boa faz-me acreditar que, quando cada um de nós morrer, seremos bem recebidos. Haverá bons inéditos; bons jornais; boa música; bom cinema. Imaginem só Bach, Wagner, John Lennon, Ian Curtis, Stockhausen - e, para apreciar e descobrir o resultado, António Sérgio.
Como sempre, adiantaste-te. E nós vamos atrás de ti. Está certo. Foi sempre assim.
Miguel Esteves Cardoso"
- não utilizar o blog para expôr conteúdo ilegal (tinha que dizer esta porque sou co-administradora do sítio);
- este não é um blog temático, como tal, o motivo da escrita é livre;
- não utilizar o blog para iniciar ou manter discussões obsessivas ou que evidenciem fanatismo;
- a norma principal é que acima de tudo cada um dos autores se divirta neste exercício fantástico que é a escrita.