Alguns anos depois mas no mesmo local de sempre. Ela chegou primeiro e entretém-se com o telemóvel. Ele chega por trás dela, coloca-lhe suavemente um braço em volta da cintura, beija-a no rosto e diz-lhe num tom de voz que de tão suave e ansiado, podia fechar os olhos e saber que era ele, estás linda. Ela sorriu timidamente mas absolutamente extasiada por aquele elogio, não pelo elogio, não isso não, não só por isso, mas porque aquele elogio partiu dele, não se viam há anos e ele ainda a achava linda e isso espelhava-se no rosto dele, era notória a felicidade em a reencontrar, era notória nela a felicidade em o reencontrar. Estavam no meio de uma multidão de pessoas e no entanto naquele local, o do costume, não haviam mais do que aqueles dois seres. Ele perguntou se ela queria sair dali, afinal tinham tanto de que falar e apesar de serem duas pessoas no meio de uma multidão não era o local adequado, quando se encaminharam para a saída do local do costume foram abordados pelo director do local do costume. Queria o Sr. Director se estava tudo a correr como previsto, ele responde um sim evasivo, afinal de contas ele quer é sair dali com ela, ela continua linda, ali só existe ela e o seu sorriso, ele já não se recordava da felicidade que transbordava nele quando ela lhe sorria, sentia-se vivo novamente. Ela vira a cara ao lado a ignorar o Sr. Director não fosse dar-se o caso de ainda querer conferenciar qualquer coisa que agora simplesmente não interessava nada, o director seguiu o caminho e eles continuaram a imensamente longa jornada, ainda que muito curta distância, para fora do local do costume. Ainda foram abordados por mais algumas pessoas, parecia não ter fim aquele local. Chegaram à rua, finalmente! Ele olhou para ela e ela para ele, sorriram e soltaram ambos uma gargalhada, conseguimos! Estamos livres, vamos? Vamos, mas onde queres ir? Na realidade, para já quero sentar-me contigo, só contigo, partilhar um café quem sabe um doce, quero falar contigo sem ter que dizer uma única palavra, quero ler-te nos olhos, a alma, pode ser? Sim claro, vamos. Ele colocou o braço suavemente em volta da cintura dela e seguiram sem dizer nada, apreciando o sabor do silêncio e o perfume que existia em cada um daqueles sorrisos.
terça-feira, 2 de março de 2010
(sem título)
Alguns anos depois mas no mesmo local de sempre. Ela chegou primeiro e entretém-se com o telemóvel. Ele chega por trás dela, coloca-lhe suavemente um braço em volta da cintura, beija-a no rosto e diz-lhe num tom de voz que de tão suave e ansiado, podia fechar os olhos e saber que era ele, estás linda. Ela sorriu timidamente mas absolutamente extasiada por aquele elogio, não pelo elogio, não isso não, não só por isso, mas porque aquele elogio partiu dele, não se viam há anos e ele ainda a achava linda e isso espelhava-se no rosto dele, era notória a felicidade em a reencontrar, era notória nela a felicidade em o reencontrar. Estavam no meio de uma multidão de pessoas e no entanto naquele local, o do costume, não haviam mais do que aqueles dois seres. Ele perguntou se ela queria sair dali, afinal tinham tanto de que falar e apesar de serem duas pessoas no meio de uma multidão não era o local adequado, quando se encaminharam para a saída do local do costume foram abordados pelo director do local do costume. Queria o Sr. Director se estava tudo a correr como previsto, ele responde um sim evasivo, afinal de contas ele quer é sair dali com ela, ela continua linda, ali só existe ela e o seu sorriso, ele já não se recordava da felicidade que transbordava nele quando ela lhe sorria, sentia-se vivo novamente. Ela vira a cara ao lado a ignorar o Sr. Director não fosse dar-se o caso de ainda querer conferenciar qualquer coisa que agora simplesmente não interessava nada, o director seguiu o caminho e eles continuaram a imensamente longa jornada, ainda que muito curta distância, para fora do local do costume. Ainda foram abordados por mais algumas pessoas, parecia não ter fim aquele local. Chegaram à rua, finalmente! Ele olhou para ela e ela para ele, sorriram e soltaram ambos uma gargalhada, conseguimos! Estamos livres, vamos? Vamos, mas onde queres ir? Na realidade, para já quero sentar-me contigo, só contigo, partilhar um café quem sabe um doce, quero falar contigo sem ter que dizer uma única palavra, quero ler-te nos olhos, a alma, pode ser? Sim claro, vamos. Ele colocou o braço suavemente em volta da cintura dela e seguiram sem dizer nada, apreciando o sabor do silêncio e o perfume que existia em cada um daqueles sorrisos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário